quarta-feira, 19 de junho de 2013

Carnes: coma com moderação!

As carnes são alimentos fontes de proteína de alto valor biológico, isto é, contém todos os aminoácidos essenciais em quantidades adequadas, são proteínas completas. Alem disso possuem vitaminas lipossoluveis ( A, D, E e K) e as do complexo B. Entre elas a vitamina B12, que é essencial para a memória e o bom aproveitamento do ferro. Por falar em ferro, as carnes são boas fontes deste mineral. O tipo de ferro presente na carne é o ferro heme, que possui uma boa biodisponibilidade, isto é, é melhor absorvido.

Possuem quantidades consideráveis de gordura, entre elas gorduras saturadas e colesterol, que se consumidas em excesso podem trazer prejuízos a saude. Por isso é importante que seja consumida com moderação. Alem disso o excesso de proteina tambem pode sobrecarregar o trabalho dos rins e trazer complicações futuras.

As carnes mais consumidas são a carne vermelha, de frango, a suína e os peixes.
A carne suina tem caracteristicas semelhantes as da carne bovina, bom valor proteico, vitamina e minerais.
É importante que se escolha cortes magros como lombo, paleta, pernil e file mignon, que possuem valores menores de gordura. Em relação a carne suína, vale lembrar que nas ultimas décadas os teores de gordura e coleterol diminuíram. Isto se deve aos avaços da genética através do cruzamento e seleção de animais. Além disso o tipo de ração e o tempo de abate do rebanho também mudou.
As carnes brancas como de frango, tem quantidades menores de gorduras saturadas e colesterol, sempre lembrando que esses valores variam dependendo dos cortes escolhidos. Tem como caracteristica uma melhor digestibilidade.
Os peixes são ricos em gorduras insaturadas e algumas espécies como atum e salmão possuem omega 3, benéficos ao coração.

Vale  ressaltar que para desfrutar dos benefícios das carnes é importante escolher os tipos de cortes mais magros  e inserir este alimento em uma dieta saudável, rica em frutas, verduras, legumes, cereais e grãos.  Alem disso as preparações destas carnes devem ser assadas, cozidas ou grelhadas.
Alguns estudos demonstram a relação entre o consumo de carne vermelha, em especial carnes processadas,
e o aumento de risco de mortalidade por doenças cardiovasculares e câncer. A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o consumo de carne vermelha é de 300g /pessoa por semana.

Por isso,  procure variar entres os tipos, escolher cortes e formas de preparo mais magros, consumir com moderação e inseri-la dentro de uma dieta equilibrada e saudável!

Saúde a todos!!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

JEJUM TÁ NA MODA...

Em se tratando de dietas para emagrecimento, modismos surgem a todo instante. Dieta da sopa, da lua, de luz... E a promessa é sempre a mesma, emagrecimento rápido e sem sofrimento. Infelizmente, ninguém ainda encontrou uma poção ou receita mágica para este problema da vida moderna.

A atual receita mágica para redução de peso, protagonizada por algumas atrizes americanas, é fazer jejum, ficando sem comer de dois a três dias por semana. Os defensores do método dizem que a privação desintoxica o organismo e facilita a perda de peso, além de ajudar a baixar os níveis de colesterol e de açúcar no sangue, aumentar a energia e melhorar as funções cognitivas do cérebro.

Será?!!

Jejum significa o ato de diminuir ou deixar por completo de se alimentar por um período. Existem pessoas que utilizam esta prática por motivos religiosos, por indicação médica e o mais comum: para emagrecer.

Jejuns por motivos médicos são realizados no pré ou pós operatório de cirurgias específicas. O jejum por motivos religiosos pode variar na sua justificativa e no tipo de jejum, de acordo com cada religião.

Já o jejum, com objetivo de emagrecimento, feito por conta própria, a fim de conquistar o peso ideal em pouco tempo, não é saudável e pode trazer vários danos à saúde.

O risco do jejum...

O jejum prolongado faz com que o corpo trabalhe de forma mais lenta, diminuindo o ritmo de todas as funções com o objetivo de economizar energia. Com isso, o que pode ocorrer, é a pessoa, mesmo comendo menos, engordar, pois o corpo entende que é um período de economia, onde é necessário formar uma reserva energética.

O sistema nervoso também sofre, pois depende de glicose para funcionar. A hipoglicemia, diminuição do nível de glicose no sangue, afeta a capacidade de raciocínio e concentração, atrapalhando o rendimento no trabalho e nos estudos. O único momento em que o corpo tolera um jejum de oito ou dez horas, sem prejuízo ao metabolismo, é quando você dorme e há redução na energia gasta. Fora este momento, a falta de glicose pode causar efeitos colaterais, mau hálito, tontura e confusão mental.

Alem disso, as células, para se manterem ativas no período de jejum, buscam alternativas para suprir a falta da glicose, mudando suas rotas metabólicas. Essas mudanças podem produzir corpos chamados cetônicos, o que pode ocasionar dores musculares, dificuldade de concentração e o hálito característico de quem fica muito tempo sem comer.

A produção de hormônios também requer energia e pode ser prejudicada quando o individuo passa muito tempo em jejum. O corpo faz uso dos hormônios já existentes no organismo, mas logo fica carente dessas substâncias, afetando a transmissão de mensagens pelo cérebro. Os mais susceptíveis aos efeitos do jejum são os hormônios que regulam o ciclo menstrual da mulher.

Pode ocorrer perda de massa muscular, pois o organismo, depois de utilizar as reservas de glicose, armazenadas sob a forma de glicogênio, que vale lembrar são pequenas, vai procurar alternativas para se manter durante o jejum. Assim, aos poucos, o organismo começa a queimar reservas musculares para produzir energia e há redução da massa magra do corpo, com diminuição da força muscular, podendo causar cãibras e dores pelo corpo

Um risco, talvez um dos maiores e mais graves, seja o risco cardiológico. Um jejum prolongado pode ocasionar alterações eletrolíticas no organismo: queda de potássio, causando arritmias cardíacas. Ainda queda da pressão sanguínea e frequência respiratória.

Por isso, como as células e o nosso corpo trabalham 24 horas por dia, é recomendável ingerir seis pequenas porções de alimentos em intervalos de três horas, cultivando uma dieta equilibrada aliada à pratica regular de atividade física.

Fazer jejum emagrece???

Para emagrecer, realmente é preciso diminuir o consumo dos alimentos e aumentar o gasto calórico, através da prática de exercícios físicos. Mas é fundamental que esta restrição de calorias seja adequada, gradual e que vise resultados saudáveis.

Uma restrição excessiva, pode resultar em perda de massa magra, flacidez e fraqueza, além de outros distúrbios, como anemia, dislipidemias e problemas hepáticos.

Quando uma dieta é muito restrita em energia ela pode até ser eficiente na redução do peso, mas é preciso analisar se esta redução será duradoura e o mais importante, se não trará danos à sua saúde.